22 de outubro de 2008

Ensaio sobre a eternidade


por Carolina Fellet


O cemitério é descoberto pelo grande fôlego.

Em torno dos túmulos, matos em dia.


Nos vãos das gavetas,

População próspera de poeira.


Entre o cadáver,

O vigor incansável da decomposição.


As calças, as blusas, os sapatos, os potes, os cortes são devastados pela dissimulação do mofo.


Da ciranda com o céu brotam minhas rugas.

Que são autônomas como estes meus seres superficial e profundo.

2 comentários:

  1. Tanto cheiro,
    Tanta traça.
    Faz enjôo,
    Faz a vida.
    De onde nasce
    A morte impune.
    De onde vem
    Morrer a vida.

    ...

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  2. então Carolina, vamos manter contato. Sou de Juiz de Fora tbm, caso queira trocar uma idéia entra em contato pelo priamo47@gmail.com

    certo?
    té mais

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