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22 de outubro de 2008

Ensaio sobre a eternidade


por Carolina Fellet


O cemitério é descoberto pelo grande fôlego.

Em torno dos túmulos, matos em dia.


Nos vãos das gavetas,

População próspera de poeira.


Entre o cadáver,

O vigor incansável da decomposição.


As calças, as blusas, os sapatos, os potes, os cortes são devastados pela dissimulação do mofo.


Da ciranda com o céu brotam minhas rugas.

Que são autônomas como estes meus seres superficial e profundo.

2 comentários:

Luiz Fernando "Mirabel" disse...

Tanto cheiro,
Tanta traça.
Faz enjôo,
Faz a vida.
De onde nasce
A morte impune.
De onde vem
Morrer a vida.

...

Luiz Fernando "Mirabel" disse...

então Carolina, vamos manter contato. Sou de Juiz de Fora tbm, caso queira trocar uma idéia entra em contato pelo priamo47@gmail.com

certo?
té mais