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29 de novembro de 2009

por carolina fellet

Janice nunca gostou de beijar em público, porque se sentia como protagonista de pornochanchada com entrada franca.

27 de novembro de 2009

por carolina fellet
O apelo à beleza era imprescindível em suas preces. Diante desta temporada material da existência, ser bela era, sim, demasiadamente importante para ela. Por isso, intercalava os pedidos de saúde e sucesso profissional com o desejo esperançoso da beleza.
O grande empecilho para que essa vontade se incorporasse à realidade é que entre fé e as manobras fatais da Natureza existe um território de redemoinhos a se adaptar, já que ninguém é capaz de impedir as determinações metafísicas às próprias vidas.
...
Tinha dias que Liz estava de fato muito bonita. Todavia, sob o “mexer de pauzinhos” invisível da Vida, não estava muito bonita em outras épocas. Por mais que redobrasse a fé, na tentativa de penetrar o território da beleza, fracassava. Porque não se suplanta Deus.
Naquela quinta-feira de dezembro, queria arrumar um namoradinho, a fim de preencher o sentimento que tinha experimentado com seu primeiro amor e que agora, como uma cirurgia mal sucedida, estava aberto e incômodo. Produziu-se toda e foi para uma discoteca sofisticada da cidade onde morava. Chegando lá, sob olhos mais amadurecidos, não conseguiu vislumbrar outra coisa, além desta: “as pessoas vêm para cá, a fim de saciar seus instintos primários e pronto! Não transferem à essência a experiência de dançar, paquerar, conversar, achar bonito e feio. As situações se bastam sendo situações. Parece não haver o que processar”.

26 de novembro de 2009

Amor de pai

por carolina fellet

Amor de pai é um atalho ao sossego e à felicidade. Principalmente porque amortece os filhos, depois de eles se arriscarem em descobertas e se quebrarem em reincidências. Por mais que haja técnicas e técnicas que ensinem os pais a educar seus filhos, o amor talvez seja a melhor ferramenta para fazê-lo. A capacidade de persuasão desse sentimento desafia qualquer William Waack. Isso posso dizer por experiência própria.
Na contramão disso, amor de pai aprisiona, uma vez que sob ele estão os parâmetros nos quais devemos ser enquadrados, e a sutileza desses parâmetros é tanta que eles se confundem com o sentimento. Daí, nós, filhos, ficamos inconscientemente à mercê do diagrama em que nossos pais nos colocam, já que desrespeitar o amor (e como conseguinte a educação que lhe está embutida) é antinatural. O amor é sempre mais fatal que nossa psique.

24 de novembro de 2009

por carolina fellet

Ter uma cara, um nome, um sobrenome significa que, para se aproximar de alguém, é preciso percorrer um caminho. Às vezes grande, praticamente uma rodovia: Ubirajara da Silva Lisboa Albuquerque. Outras, uma vila pequenininha: Bia Buff. Era para todos estarem carecas de saber disso. No entanto, numa dentada de onça, invadem a gente sem antes atravessar nosso atalho.
...

Ana Talita vende salgados numa lojinha situada em Bicas. Tem clientela fixa e boa. Vez por outra, lhe aparece freguesia nova. Geralmente gente que vem de fora. Em vez de esse pessoal lhe respeitar a fisionomia, no mínimo, viola-a: “uma coxinha com catupiry e uma Coca-Cola®”. Assim, a lida fica difícil pra cachorro. E Ana Talita até se esquece de ser gente
por carolina fellet

Empolgação para ir à pizzaria. Catarina demora no chuveiro. Mafalda não consegue se despedir de Ariadne ao telefone. Eustáquio está desperdiçando combustível com a Chevy ligada na garagem, enquanto espera as moçoilas. Brigam por discordâncias. Mas o apetite lhes insiste e toda a família segue rumo à pizza.
Em 40 minutos, saciam os instintos e voltam para casa. Depois de uma hora, a pizzaria encerra o expediente e o mundo cai em sono profundo.
por carolina fellet

Saudade saudável sinto de você, Conde M. Sempre que minha memória relê nossa história, me vem à luz todo o bom que vivemos. Os contratempos? Foram evacuados pela expiração profunda que aprendi na Ioga.
por carolina fellet

O temperamento voa baixo, quase tocando as circunstâncias. Acaba ritmado por elas: se é sexta-feira, baixa-lhe o DNA de Zeca Pagodinho. Quando começa a semana, é um “down” total.
por carolina fellet

Amanhecia com o que conhecia:
Praias, carinho de mamãe Mariana, brigadeiro, colega de escola.
Ainda não havia vivido Amor.

Belo dia,
Partes ainda latentes dos sentidos
Foram violadas por Ele.


Ela nunca mais amanheceu igual.
por carolina fellet

Dedicar-se a alguma forma de arte é o apelo de quem enxerga a vida sob graus especiais.

23 de novembro de 2009

por carolina fellet

Posso apresentar o Mahatma Gandhi como meu namorado que meu irmão irá dizer:
- Cuidado “quesse” (leia-se “com esse”) cara, hein?!
por carolina fellet

Por que as pessoas mentem sobre o que irão fazer no sábado à noite? Minha irmã sempre dizia:
- Vou sair com a Flaviana.
Depois eu descobria que a “Flaviana” tinha barba, um metro e noventa e atendia por “Luciano”.

Ah! Isso é traça filhinha.

por carolina fellet

O ano? ... ... ... ... 1997. O cenário: casa de uma família abastada de Santos Dumont – MG. Mãe e filha estavam no quintal da mansão. Varal lotado de calcinhas de uma das empregadas da família. A menininha percebeu que havia um furo estratégico em cada uma das peças íntimas, e perguntou à mãe: “para que servem esses furinhos, mamãe?” e esta lhe respondeu: “Ah! Isso é traça, filhinha. Agora vamos entrar porque está tarde”.

22 de novembro de 2009

por carolina fellet

A vida vem por fora nos mastigando aos pouquinhos. Subitamente, nos engole rumo à morte definitiva.
por carolina fellet

A maneira quase unânime de amar é um fóssil da adolescência que insistimos arrastar por aí. Nunca ponderamos corretamente os graus. Por isso, sofremos pelos extremos excesso ou insipidez.

17 de novembro de 2009

Maria Gadú

por carolina fellet

Muito me admira essa mocinha supertalentosa que, apesar de estreante na Vida, já lhe demarcou com firmeza seu território.
Surgiu nas grandes mídias como parece ser nos bastidores; na própria vida. Não fez como a saudosa Cássia Eller que apelou até para vestido no início de carreira.

De antemão

por carolina fellet

Esta perspectiva que se precipita,
Dá mil veredictos
E enxerga longe.

Mal começamos.
E já tenho enredo para 237 páginas.

Imagino a gente variando de estação.
Da libido ao tédio,
Muitas intempéries.
Lágrimas e a evaporação feita pelo acaso.

Tempos depois,
Nenhuma palavra.
Apenas o movimento do amasso
Alterando os hábitos carecas da nossa imaginação.

Estamos renovados.
Sinto-me em dia com o viço.

Um dia, porém,
A maré fica baixa.

E somos, então, cenário a essa modificação,
Que nos é outorgada.

Aí, querido, é preciso mudar de estação.
por carolina fellet

Cara tem tripla jornada de trabalho.
E sempre separa o trocado para a gandaia.

É sagrado!
Como a própria vida.
Todo dia agradecida
Nas preces.

Será que vou ficar pra titia

por carolina fellet

Quem já passou dos 40 diz que eu e estes meus 24 anos usamos fraldas. Mas tem muitas contemporâneas minhas se separando do marido ou com um cacho de filhos.

16 de novembro de 2009

por carolina fellet

Situação vista
Sob a perspectiva da insegurança:
Semblante alheio equivocado,
Palavras não ditas,
Cores embaçadas.
“Eu” como a arena do mundo
.

Para cumprir tabela

por carolina fellet

Se tivesse que fazer um balanço do dia, Solange falaria da metafísica envolvida no sono. Porque de manhã queria acordar para ficar em dia com os compromissos, mas essa força oculta a impediu de fazê-lo.

15 de novembro de 2009

por carolina fellet

Camarada ficou a fim de conhecer Neiva na balada. Pediu-lhe um beijo, ela negou. Mas mantiveram um diálogo amistoso. Ao final do bate-papo, ele conseguiu o telefone da garota. Antes, porém, um tropeço na hora de anotar o contato no celular:
Camarada: - Neiva de quê, hein?
Neiva: - Jesus não é de Nazaré? Põe aí, Neiva de Juiz de Fora.

14 de novembro de 2009

Depilação

por carolina fellet

Há muito, Ângela não depilava a virilha. Na última vez que se arriscou nas puxadas dolorosas, a moça que lhe fez a jardinagem deu-lhe um espelho para que ela olhasse as “vergonhas” podadinhas e bonitinhas.
Instantaneamente a isto, todo o interior de Ângela tingiu-se de pudor. Todavia, para evitar constrangimentos, ela utilizou o espelho e seguiu as recomendações da profissional.
...
À noitinha, fazendo um balanço do dia, Ângela, de si para si: “minha vida é integralmente outorgada a mim. Algumas partes, eu aceito bem; outras, não. Será por quê?”.
E foram dormir. Ela e a virilha podada.

Pensando na vida

por carolina fellet

O melhor é ter expectativas em relação à vida?

Como a vida é por natureza insubordinada, o melhor é deixá-la correr?

Nascemos já sendo e morremos sem saber ser!
por carolina fellet

Quero novo amor,
Para ser primavera,
Que diverte os olhos.

Amor espontâneo
E fatal como a Natureza.

Não quero óculos de sol,
Agasalho,
Guarda-chuva.

Quero que seja assim:
Flores que atiçam as cores das minhas vistas.

Viagem de ácido

por carolina fellet

Decidi passar um final de semana no Rio. Por mais que sol e praia não estejam entre minhas predileções, que saudade que eu tô de pisar o mar, meu Deus.
Olhar para aquela manifestação gigantesca e equipará-la à minha condição – coração que bate autônomo, órgãos que se viram sozinhos etc. e tal – leva-me a crer que a vida é uma grande viagem de ácido. E eu quero mais é curtir todo esse barato.
por carolina fellet

Sociedade X Princípios familiares: que duelo, hein?!

13 de novembro de 2009

Playboy com a Fernanda Young, eu comprei!!!!!!!!

por carolina fellet

Quase todo mundo tende a e gosta de se enxergar em alguém que tenha grande projeção, principalmente entre os meios de comunicação de massa. Não é à toa que existem concursos e mais concursos de sósias por aí.
Numa devoção a isso, comecei a observar, com graus mais afiados, a escritora-roteirista-apresentadora e irreverente Fernanda Young. Ainda que ela seja muito mais original que eu, encontro semelhanças entre nós duas: somos branqueeelas, gostamos de atribuir humor às situações e escrevemos.
Daí, comprei a Playboy veiculada em novembro, que traz a Young na capa e no conteúdo da revista. Foi uma forma de eu me imaginar sob os holofotes daquelas lentes despudoradas e, consequentemente, me soltar um pouco das amarras que compõem o universo feminino do qual faço parte.
O devaneio foi tão grande que me achei tão contemplada com a beleza quanto Fernanda. E fiz sucesso por onde passei...

Chuva, funk, suor

por carolina fellet

É preciso mudar de estação. Como é!
Tem tanto literato que insiste numa mesma temática e, por isso, perde muito do movimento da Vida. Perde nascimento da noite. Metafísica envolvida na gargalhada. Um voyeurismo. Perde um beijo, uma dança-catarse, uma boa balada.
...
Ema e Samuca. Casamento de quatro anos. Ainda que o balanço final da relação deixe boiar sobre o líquido da consciência boas (ou ótimas?) memórias, ambos ficaram desgastados: esgotaram-se empolgação, lascívia, diálogo e expectativas. Motivados pela natureza da paixão e da covardia, Samuca e Ema pelejaram várias reconciliações. Empreitadas fracassadas. No entanto, sob um súbito flash de sensatez, decidiram acabar com o casamento e ser felizes.
Na última quinta-feira, Ema, recatada por DNA, esbaldou-se ao som do MC Marcinho no Privilège*. Antes de entrar na boate, a chuva competia com o vento para se manifestar à população de Juiz de Fora, sua cidade querida. O vestidinho azul, o cabelo ajeitado e a maquiagem foram sabotados pela convulsão climática. Mas o pique para a noite manteve-se inteiro, inviolável.
Quem conhece Ema do centro espírita, do curso de inglês, dos sorrisos dóceis e do ponto de ônibus, não a identificaria naquela noite. Um acesso de adrenalina a enlaçou. Foi tão fatal quanto a machadada da morte. Só que o golpe lhe escorria pelo corpo através de populações e populações de suor. Era a vida. Era a vida muito em dia com Ema.


*Privilège é uma casa noturna de Juiz de Fora

10 de novembro de 2009

por carolina fellet

Dou à luz intenções distorcidas.
Estou com raiva da sua cara,
Mas acabo lhe dando um sorriso.

As verdades ficam retidas entre os dentes.

Erosão nas minhas células.
Rombos nesta vida.

Só consigo expelir o conflito
Quando faço um parto irretocável das minhas intimidades.

Haja técnica de medicina.
por carolina fellet

Por mais que Fátima Bernardes sopre o mundo rumo à minha casa, a sensação que tenho, às vezes, é de que minha existência fica tão enclausurada sob a própria condição humana que parece fugir dos holofotes da Vida.
por carolina fellet

Pessoa normal utiliza automóvel para facilitar o acesso às situações. Há os que extrapolam isso e fazem do traslado o grande evento. É o meu caso. Quando saio dirigindo, não penso no destino a que o carro me levará, nem nas implicações da saída. O volante exige tato de mim que preciso apelar a meus malabarismos para controlar a direção.

8 de novembro de 2009

Jeitinho brasileiro

por carolina fellet

Nunca haviam se visto. No entanto, chamam-se mutuamente de “meu amor”:
- Meu amor, que horas são?
- 16h45, meu amor.

Em vez de enfrentarem esta imensa rodovia para chegar à moça – Ana Elizabeth – fazem um caminho alternativo e mais curto; chamam-na de “Beth”.

De quanto mais distante vier a cultura, maior é o abraço que o brasileiro lhe dará. Lembra-se da moda dos árabes que se radicou por aqui por muito tempo?

Por mais que o Chico Buarque seja superovacionado por quase todo mundo, brasileiro curte mesmo é Zeca Pagodinho.

Enquanto existem países onde se falam dois ou mais idiomas, aqui cada indivíduo possui sua própria língua: um fala problema, o outro, pobrema, o outro, poblema, o outro, plobema e o outro, ploblema.

6 de novembro de 2009

por carolina fellet

O corpo estava todo em conflito.
Para dar mais gravidade à situação, eis que surge a alma – conflituosa por nascença.
Naquela noite, sequer dormi. Depois de vencer o céu usando de autocatequese como instrumento, meu caminho se iluminou rumo a este percurso: “não se tem as rédeas da Vida”.

Época de escola

por carolina fellet

A fase de produzir redação na escola possui cargo vitalício. É praxe o professor querer saber como está seu português e lhe pedir que escreva vinte linhas sobre determinado assunto. Tive uma professora que sempre dizia: “tema livre, pessoal!”. E isso me deixava mais ou menos à vontade, porque liberdade excessiva é uma forma de condenação.
Àquela época de 5ª série, não escrevia com desenvoltura; sequer tinha interesse por essa atividade. Só me considerei mais destra no assunto a partir de uma forte dor no peito que tive durante uma madrugada de leituras. Desde aquele dia, passei a vislumbrar alma em todas as coisas que pareciam demasiadamente óbvias para mim.
Descobri que as frutas possuem um espectro, que o céu é cheio de sentidos ocultos etc. etc.
Lembro-me de que, no tempo de escola, os mestres gostavam que nossas redações estivessem impregnadas de citações. Queriam que fôssemos repetições de obras já concluídas e com a última camada de tinta. Com isso, nossa criatividade morria ainda broto.

5 de novembro de 2009

por carolina fellet

A vida poderia ser muito mais dinâmica, caso não tropeçássemos naquilo que não aceitamos e, no entanto, habita nossa condição humana.

Safári em Juiz de Fora

por carolina fellet

Duas semanas de superempolgação. Araceli enfurnara-se no armário como uma traça, a fim de escolher a combinação ideal para a extravasada na véspera do feriado.
Mobilizou carona, aroma, xampu especial, meia fio 15, maquiagem caprichada.
Mas Araceli, coitada, foi barrada na entrada do baile.
Sem a menor delicadeza, o segurança que estava à porta da boate disse-lhe:
- A casa tá lotada. Hoje não entra mais nem uma cabeça.
O jeito foi buscar outra diversão.
Mas foi tudo tão insosso como as últimas páginas de grandes romances.

Guerra dos sexos

por carolina fellet

O grande problema da mulher dentro da relação amorosa é o desejo que ela tem de formatar o homem sob os graus do universo feminino. Daí, coloca-lhe anelzinho, leva-o às compras, faz catarse usando o ouvido dele como divã.
Discórdia na certa!

4 de novembro de 2009

Documentário produzido por ex-alunos da Estácio JF é exibido no festival Primeiro Plano

Catadores de papel. O que pensar sobre eles? São profissionais? Qual o seu papel na sociedade? Essas e outras perguntas foram respondidas pelos jornalistas Ana Carolina Fellet e Marlan Kling no curta documentário “O lixo e a sobrevivência”, que será exibido no Primeiro Plano – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades.

O vídeo começou como um trabalho de conclusão de curso de Comunicação na Faculdade Estácio de Sá Juiz de Fora (FESJF) e, segundo Ana Carolina, “foi uma tentativa de extravasar a mesmice da monografia tradicional e deixar como memória uma produção mais democrática e palatável para as pessoas.”.

Para a produção, donos de compra e venda de materiais recicláveis, catadores de papel, populares e o vereador Bruno Siqueira foram entrevistados. “Fizemos perguntas óbvias para as pessoas, como por exemplo: o trabalho dos catadores traz consequências para a sociedade? E, a partir das respostas, montamos o documentário. Enfrentamos contratempos, mas o resultado foi legal.”
É a primeira vez que o trabalho será apresentado ao público, como conta Marlan. Indagado sobre como surgiu a idéia de inscrever o curta na mostra competitiva do Festival, ele afirma que a mesma surgiu no ano passado, quando assistiu ao 7º Festival Primeiro Plano. “Eu disse
que gostaria de produzir um documentário para participar neste ano de 2009. Conversei com a Ana Carolina e, após definir o tema, partimos para prática.”


“O lixo e a sobrevivência” também está inscrito na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes, na 5ª CINEOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, no 4º Festival de Cinema de Muriaé e na Mostra CineBH 2010. A exibição no Festival Primeiro Plano acontece dia 29, às 17hs, no Cinearte Palace.

Agência Experimental de Jornalismo
Jornalista responsável: profª Izaura Rocha
Texto: Mariana Mello – 2º período de Jornalismo

3 de novembro de 2009

Tempo tempo tempo

por carolina fellet

Marco meu tempo com cartelas de pílula vazias.
Novamente, preciso fazer depilação. O pelo cresceu e no terreno ao lado, quanto matagal.
Já faz dois meses que terminei o namoro.
E o choro sempre vem, tecnológico e solitário.
É terça-feira de novo.