por carolina fellet
Cinco garotos. Sadios, bem-sucedidos, desfilando carro zero.
Com um ano de antecedência, planejaram a viagem do Carnaval. O destino? Um lugar famoso por oferecer ecoturismo aos viajantes.
A mãe de um deles, de repente, questionou-se:
- Engraçado esses meninos viajarem em pleno Carnaval para fazer passeio ecológico. Isso 'tá mais' para passeio ginecológico.
O Carnaval acabou, a vida voltou ao normal e a dúvida sobre aquela viagem nunca foi esclarecida.
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22 de fevereiro de 2012
14 de fevereiro de 2012
Fernanda Young
por carolina fellet
Acabar a leitura de um livro da Fernanda Young é como despedir-se daquela paquera não só bonita, mas cheia de alqueires contendo brotos de mistérios. Ficam as reverberações dos beijos e dos diálogos – trampolins a outras dimensões, além de uma saudade enorme. O que era bom naquele tempo presente ganha agora uma proporção de elefante. E a saudade atrelada à melancolia enfarta toda a minha possibilidade de alegria.
13 de fevereiro de 2012
Juízo, minha filha!
por carolina fellet
A tradicional recomendação de todos os pais em todos os tempos – JUÍZO, MINHA FILHA – não cabe a mim. Sou uma filha que não tem saúde para infringir os princípios que compõem o juízo. Cinco minutos de esteira já me levam à falência múltipla dos órgãos.
9 de fevereiro de 2012
A aspirina
por carolina fellet
Tomar uma aspirina. Quase nada me faz sentir tão derrotada quanto praticar esse ato.
Estou acostumada à miopia da autossuficiência, do autocontrole. De repente, uma dor chega sorrateiramente e se apossa da minha química. Mantenho-me sob a burra imponência que me é inerente. Mas as horas passam e à medida que avançam, aumentam a carga da dor. Entrego-me. Como o bandido que desiste da fuga e se rende aos policiais. Abro a gaveta. Tiro a cápsula da clausura da cartela de comprimidos e a engulo. Depois disso, atesto-me derrotada.
5 de fevereiro de 2012
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