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24 de janeiro de 2011

por carolina fellet

Aquela garota dócil, que estava sempre na iminência de explodir alguma lágrima está sumida do meu íntimo. Química de arrependimento é coisa que não mais transita pelo meu sangue.

18 de janeiro de 2011

por carolina fellet

Ele é desses palhaços de hospital, que desabrocham flor-de-lótus em crianças condenadas por alguma doença.

Na maleta de ‘doutor da bagunça’ carrega artefatos cheios de recursos visuais e os manipula, além de fazer performances com o corpo e com a nesga de alegria – sua companheira de missão.

Mas dentro da variedade do próprio íntimo, é pai de uma melancolia ainda criança; que lhe exige muito.

17 de janeiro de 2011

Todo dia

por carolina fellet

Não podendo escapar do redemoinho da rotina, ela passa a tarde na frente do computador.

Naquela segunda-feira, a visão periférica esquerda fora violada por um movimento incomum.

É que no terreno baldio que lhe fazia fronteira com a vista, havia um senhor pequenininho, com boné e blusa de propaganda de político fazendo a capina.

Ele parecia ter vindo para a vida daquele tamanho, exercendo aquela atividade, tamanha era sua integração com o trabalho.

1 de janeiro de 2011

Pós-ceia

Depois da ceia de réveillon, o pum da garota estava letal.

Afinal, o organismo dela não está acostumado a metabolizar tanta comida.