por carolina fellet
Aquela garota dócil, que estava sempre na iminência de explodir alguma lágrima está sumida do meu íntimo. Química de arrependimento é coisa que não mais transita pelo meu sangue.
por carolina fellet
Ele é desses palhaços de hospital, que desabrocham flor-de-lótus em crianças condenadas por alguma doença.
Na maleta de ‘doutor da bagunça’ carrega artefatos cheios de recursos visuais e os manipula, além de fazer performances com o corpo e com a nesga de alegria – sua companheira de missão.
Mas dentro da variedade do próprio íntimo, é pai de uma melancolia ainda criança; que lhe exige muito.
Não podendo escapar do redemoinho da rotina, ela passa a tarde na frente do computador.
Naquela segunda-feira, a visão periférica esquerda fora violada por um movimento incomum.
É que no terreno baldio que lhe fazia fronteira com a vista, havia um senhor pequenininho, com boné e blusa de propaganda de político fazendo a capina.
Ele parecia ter vindo para a vida daquele tamanho, exercendo aquela atividade, tamanha era sua integração com o trabalho.
Depois da ceia de réveillon, o pum da garota estava letal.
Afinal, o organismo dela não está acostumado a metabolizar tanta comida.