Por Carolina Fellet
Estou careca de saber que ninguém se agüenta e é justamente por isso que as ruas estão lotadas de transeuntes ávidos por não sei o quê.
Em época de Natal, andar na rua dá mais adrenalina que se amontoar em um jeep e seguir rumo a um safári. Isso porque há gentes de toda a estirpe: de pseudo-finos que se emperiquitam para ir a shoppings - mas sequer conhecem os mandamentos básicos da boa educação - a tupiniquins assumidos que o atropelam ao transitar pelas calçadas e galerias.
Outra forma muito comum de se esvair de si mesmo neste século XXI é tomando comprimidinhos entorpecentes em festas, celebrações, encontros entre amigos etc.
Numa dessas tentativas de extravasar de si próprio, uma linda jovem de 20 anos e de cujo nome não me lembro, bem perto do Natal de 2008, refugiou-se definitivamente de si: morreu e deixou pai, mãe, irmãos e afins inconsoláveis.
Portanto, se você não estiver se suportando:
*leia livros de um autor que possua idéias bem diferentes das suas e penetre-lhe no universo;
*faça ioga e perscrute cada postura e respiração;
*observe o universo dos bichinhos (vale até inseto) que o rodeiam. Eles estão sob o mesmo mistério que você;
*cante e vá a shows;
*dance sozinho no quarto;
*converse com o espelho;
*use roupas diferentes daquelas com as quais você está acostumado;
*mande um cartão para um colega meio insosso;
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