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23 de agosto de 2005

Tempo Maestro

O Tempo afina minha voz. Emenda meu crescimento com perfeição. Desvirgina a planície vigente da infância: palco à nova estampa: o busto. O Tempo vai declamando a vida amiúde, faz o itinerário do martírio ficar mais próximo, me mostra as cores horríveis de amores unilaterais. O Tempo são meus passos, meu atraso, minha poesia, a paixão, a volúpia, a compaixão, a ditadura, enfim, a vida. Nunca estou só. O Tempo se incumbe diariamente de ser esta menina.

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