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15 de novembro de 2005

Velha Vida, Alma Nova

A vida é velha. Coisa que já ficou invisível, à mercê de teias de aranhas. Não enxergo nada... Fico sem saber qual é a do Mundo. Vidas são inauguradas amiúde. A mesma vidinha que se manobra em um pernilongo é a vidinha que me serve de bengala. Sem esta imposição clandestina, minha equação culmina no Nada. A vida é velha... a vovó já levava na cesta de frutos o mistério do mundo. A engrenagem, que é dona de tudo, não usa o verbo "esbanjar, não explora seu lado cabotino. A vida que me é inerente há vinte anos rompe o acordo com um velho de setenta e quatro (hoje li na "Tribuna de Minas" que um sr. foi assassinado). E por que a força vital é tão tênue? Por que uma contração humana consegue extirpar a dedicação tão obscura do Fado? Temos uma interseção com a miscelânea que se organiza em ovo. E por falar em ovo, lembrei-me da metafísica da Clarice. E lembrar da Clarice é atiçar novidade à alma... E atiçar novidade à alma é demandar atitudes da Velha Vida. Afinal, sou fantoche.

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