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26 de agosto de 2006

Dias

Era uma vez existir.
Existir são as fábulas que acalentam e/ou apavoram a postiça maturidade dos adultos. A goela da vida cospe e engole esta coisa que nos mantém eretos. Existir. Existir. Existir.
Quilômetros de prosa em prol do porquê de se existir. Quilômetros de balelas. Ficções à Eternidade. Nas atuais conjunturas somos tapeados por um mágico exímio. Nas atuais conjunturas, tudo segue em ritmo dissonante. Segue-se a vida não sabida com uma velocidade incompatível com este orgânico.
O final não é feliz. O final é tão embaçado quanto os incipientes momentos de captura involuntária de oxigênio.
Era uma vez existir... Campos, bosques, hospitais que estréiam vidinhas ignorantes – extremamente ignorantes de si -, funerárias que emperiquitam as derradeiras baforadas do Grande fôlego.

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