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6 de agosto de 2006

Obrigatoriedade

Numa freqüência audível à Humanidade: É TUDO CAMPO OBRIGATÓRIO. Conseqüentemente, obrigatória e imperceptivelmente, Clara regou os próprios canteiros de expectativazinhas com cuspes enfileirados da própria saliva, provocando gélidas sensações em dependências com temperatura ambiente. Expectativa. Boa expectativa. Amor?! Não. Porque este sentimento, quando se entrosa em corpos fartos de orgânico, traveste-se de lascívia. Portanto, lascívia.
Lascívia optando por um organismo. Cobiçando uma promissora coincidência de genitálias. Farejando um nós da cintura para baixo. Aspirando a um sentimento de quase comunismo aos pares.
-Que dê certo!
Vozes, timbres variados do Inconsciente lhe suspiraram. Bendito; nocivo dessaber.
Corpos enovelados, alma em incansável alerta. O Mundo se resolvendo... As notícias que tremem as réguas não lhe alteram o âmago. Porque a linfa está acesa aos bilhetes cujo remetente habita os áridos e inundados túneis das genitálias.
Goza ao ressuscitar inúmeras vezes Nelson Rodrigues. Sente-se no direito de ser hedionda, promíscua, errada... Ainda que o perfeccionismo dos pudores venha censurá-la. Nelson emana uma aura messiânica que conforta todo índex posto em um vastíssimo mostruário pela Civilização.

Um comentário:

Anônimo disse...

pô... não gosto de Nelson Rodrigues.

heeheheh!

Na verdade, não tenho muito o que comentar. E sempre que leio coisas mais 'oníricas' me lembro que tenho que voltar a escrever meus contos e dar um jeito de adiantar a história que me pediram pra fazer - pra um projeto totalmente pretencioso. hehe

Até!