Por mais que haja correntes feministas,
Ascensão das mulheres na sociedade,
Liberação sexual e o orgasmo das vaginas,
A sangria transgride o Tempo e resiste –
Ortodoxa e irredutível.
A guerra das regras rejeita os deuses do prazer.
Porque teme a fatalidade de uma gravidez.
Se as regras não vêm,
Imediatamente:
Piscina de insensatez.
Que visão será essa,
Que nos surge munida de líquido,
De vermelho, de odor?
E ainda de dor.
Da dor de tantas meninas menarcas
E de tantas senhoras menopausas.
A menstruação é o prenúncio da proliferação humana,
De um promissor genocídio ao contrário:
Em vez de moribundos e mutilados,
População aos cachos,
Aos trapos,
À mercê.
Ascensão das mulheres na sociedade,
Liberação sexual e o orgasmo das vaginas,
A sangria transgride o Tempo e resiste –
Ortodoxa e irredutível.
A guerra das regras rejeita os deuses do prazer.
Porque teme a fatalidade de uma gravidez.
Se as regras não vêm,
Imediatamente:
Piscina de insensatez.
Que visão será essa,
Que nos surge munida de líquido,
De vermelho, de odor?
E ainda de dor.
Da dor de tantas meninas menarcas
E de tantas senhoras menopausas.
A menstruação é o prenúncio da proliferação humana,
De um promissor genocídio ao contrário:
Em vez de moribundos e mutilados,
População aos cachos,
Aos trapos,
À mercê.
Mortos vivos que não sabem o que lhes espera.
E cujas escolhas nunca se deslocam das próprias quimeras.
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