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3 de março de 2008

Forminha de Gelo


por Carolina Fellet
Vamos cortejar a dúvida.
É da dúvida que me mantenho, que me fertilizo, que sobrevivo. O ceticismo gera boas químicas à Vida. Não o Ceticismo dos indiferentes, dos burramente indiferentes, mas o dos que vivem em função da busca, da salvação – ainda que fugaz – das intempéries do Cerne.
Senti-me muito respaldada com a última palestra a que assisti no centro espírita que freqüento. A palestrante, com oratória e lucidez formidáveis, falou em sinopses, peptídeos, comunicação do mundo externo com o interno e, enfim, que a Terra perde sua energia com pessoas que se inclinam ao mal, que conjugam os sentimentos de baixo escalão.
Por que o respaldo?
Sempre tendi ao Cosmo inteiro se comprometendo com a atividade metabólica de decompor um pneu num rio australiano. O meu mal pode advir desse trabalho árduo do mundo metafísico.
As atitudes vão se encadeando.
A água escorre e contemporiza às medidas estabelecidas.
Conforme a metáfora bruta da forma de gelo.

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