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16 de maio de 2008

O futuro da Política são os jovens de hoje


Por Carolina Fellet
Se levássemos a máxima que intitula esta matéria a sério, poderíamos afirmar que o futuro já começou, haja vista o lugar ocupado por jovens na Política, representado por nomes como Manoela d´Ávila, 25, deputada federal pelo PC do B, Bruno Siqueira, 33 e Rodrigo Mattos, 29, ambos vereadores de Juiz de Fora pelos partidos PMDB e PSDB, respectivamente.
A psicóloga Fernanda Vieitas – que há 6 anos trabalha com um público cuja faixa etária varia, principalmente, de 12 a 25 anos – acredita que o jovem do fim do século XX e o do século XXI é, e/ou tende a ser, mais politizado devido, primeiramente, à forma veloz e objetiva com que o conhecimento lhe chega, através de tecnologias que transmitem informação, como a Internet, além da necessidade de se manter a par dos fatos para conseguir espaço no mercado de trabalho – o que tem sido mostrado à juventude de uma forma mais empírica, já que o próprio contexto a que ela pertence é repleto de concorrência quanto à capacitação intelectual.
O vereador Rodrigo Mattos, que disputa a reeleição no próximo 5 de outubro, é o membro mais jovem do Legislativo na cidade. Há quem diga que as inclinações políticas do rapaz têm origem no DNA, uma vez que seu pai – atualmente deputado federal pelo PSDB, Custódio Mattos – possui um histórico político antigo, versátil e vasto. No entanto, o interesse de Rodrigo pela área o acompanha desde a infância, o que o faz acreditar que se trata de uma predisposição - e não influência do pai - para atuar no setor.
Em seu primeiro e atual mandato, o vereador já elaborou várias leis, dentre as quais a Lei do Sinal Sonoro para Deficientes Visuais, cujo objetivo é garantir a essas pessoas mais dignidade como cidadãos.
Grande parte da inspiração para a criação de seus projetos vem da observação atenta das carências da sociedade, além da lida com políticos mais experientes, que garante a Mattos aprendizagem prática e
maturidade para o cumprimento do próprio trabalho.
O estudante da sétima série do Ensino Fundamental, Gabriel Casagrande, 13, recebe incentivos da escola para se entrosar com assuntos que se referem à Política: “a gente faz trabalhos que exigem um conhecimento de Política e as próprias provas sem têm perguntas sobre os passos do Governo”.
A universitária Elena Bastos, 23, embora não goste muito do tema, tenta manter-se informada dos governos do país e do mundo, para não fazer feio perante as pessoas com as quais convive e para não ficar alienada: “já que tenho oportunidade de me informar, não fazê-lo seria negar o meu progresso. Então, por mais que eu ache Política chato, eu me mantenho atenta a ela”.
Interar-se das movimentações da democracia faz os jovens exercerem melhor a cidadania e se prepararem melhor para a profissão que escolherem – já que todas elas envolvem as práticas que são comuns na Política, como: lidar com hierarquia, praticar a ética, levar em conta a repercussão dos próprios atos e, se necessário, ponderá-los.

Uma alternativa aos jovens que cobiçam a carreira política
O Curso de Formação Política, que nasceu da parceria entre alunos do doutorado de Ciência Política da universidade de São Paulo (USP), o Instituto do Legislativo Paulista (ILP) e outras organizações privadas e públicas, apresenta a proposta de capacitar a sociedade para que ela possa fazer opções sobre os rumos da Nação em que está inserida.
O conteúdo das aulas é dividido em temas, as abordagens são didáticas e inteligíveis e o curso pode ser ministrado em escolas, empresas, organizações sociais e órgãos públicos.
Aos jovens que estão caminhando ao encontro da Política, essa alternativa pode lhes apresentar um saldo positivo.

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