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4 de março de 2009

Gripe e outras mazelinhas

Por Carolina Fellet
Com tanta abundância vital para o vírus da gripe se hospedar, por que ele se aloja nas pessoas e compromete-lhes o dia-a-dia? De repente, num pensamento presunçoso – ainda bem que transgredir não se limita a fôlegos orgânicos – atinjo o Surreal. Neste, fico com uma quase-certeza de que gripar e adoecer (de outras maneiras) são chances dadas do Destino às pessoas para que elas se elevem um pouco em pensamentos extraordinários e em sentimentos mais consistentes que os rotineiros.
Quando se gripa, as prioridades mudam. O prazo de entrega da monografia dá lugar à urgência para se transplantar um pulmão. Pequenas rixas com parentes e agregados se rendem a filosofias antigas e vitalícias: quem sou eu? De onde eu vim? O que estou fazendo aqui? Para onde irei?
É saudável gripar!

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