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11 de dezembro de 2006

No elevador

Como um helicóptero de resgate em ação, a sensação do fim aproximava-lhes da cabeça. Oito pessoas. O limite do elevador marcava oito pessoas. Minutos se estendiam à validade de um dia. Foram vinte minutos imensuráveis de sufoco.
Espelho embaçado. Condição psicológica enfurnada na facilidade – então avessa – de se respirar. Pânico. Sistema digestivo comprometido. Calor oriundo de um complexo de neuroses.
A maior questão que lhe vinha à cabeça era: “como ficará minha família após esta asfixia de que morrerei?”. Tudo resultou como os finais felizes das histórias infantis. Acabou indo a um bar, deixando-lhe, em uma das paredes, um dos versinhos que costumava escrever.
Voltou para casa. Lavou-se. Tomou seu estimulante para o sono. Acordou esteticamente ilesa.

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