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28 de abril de 2007

Ficção Mental

As terrinhas que fazem fronteira com meu tino me manipulam com garras de pinça. Às vezes, estou lúcida e concordante perante meus carnavais. A imaginação me coloca diante de fileiras e fileiras de espectadores; daí, sobrevivo das performances. O Mundo parece me enxergar por trás de um grande visor. Ping – pong: o Mundo é o panóptico e eu sou T.O.C..
Meu amante fica a minha espreita. Assiste a minha nudez. Além de a visão alcançar longas distâncias, os outros sentidos o fazem também. Uma consciência biônica faz casa no meu corpo. A liberdade que, de nascença, já é paralítica, fica mais e mais comprometida.
Tento organizar meus pensamentos como as colônias que a Natureza estabelece às abelhas. Pretensão vã. Divago e me perco e enlouqueço.

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