Total de visualizações de página

17 de abril de 2007

Nair Bello in terça-feira, 17 de abril de 2007

Eu não tenho certeza da Vida Eterna,
Eu não afirmo a reencarnação,
Eu vejo a morte,
Eu vejo a vida:
As duas, meio concluídas.
Óbvias em aparência.
Mas obscuras, em se tratando da linfa.

Não sei em que orgânico culminarás,
Não sei se as almas são, de fato, aladas,
Não sei qual é a sombra do processo de decomposição,
Só sei,
Só percebo, melhor, o que meus sentidos ingerem.

Hoje o tempo se esvaiu de tu.
Talvez para dar conta dos trigêmeos
Que estão prestes à vida na favela.
O Tempo te emudeceu.
Mas, as habilidades da Tecnologia te eternizaram.

Ainda que Deus não te eternize,
As novas consciências estão em incessante gênese...
Os novos galhos das velhas árvores saberão de ti.

Mesmo se a alma não for alada,
O Novo sempre te alcançará,
Sempre,
Sempre,
Sempre.
Enquanto houver matéria disponível à condição humana.
NAIR BELLO.

Nenhum comentário: