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5 de abril de 2007

Mulherzinha

Uma baforada – relâmpago do inconsciente,
Às vésperas do domingo de Páscoa,
Disse-me, aos gritos:
Tu não és uma mulher convencional.

Algumas máximas do manual de etiqueta
À mesa,
Diante de cerimônias sociais,
Perante relações humanas, enfim,
Subornam os sentidos femininos,
Ou simplesmente e igualmente vitais:
Os dos Homens e os das mulheres: os dos seres.

As mulheres mentem,
Entopem os instintos com uma bola de algodão,
Saem de saias, numa fajuta insinuação.
Basta – lhes um vestido,
Para que se sintam extremamente femininas.

Elas rosnam,
Porque um rapaz fez um comentário autêntico,
Selvagem, embora sincero.
Elas denotam fortaleza,
Mas se esfarelam com perdas conjugais.

Ah! Mulheres.
Minhas congêneres,
Embora aflitas em nome de um exército inventado,
Civilizado,
Postiço.
Vamos voltar à época dos bichos,
Da desordem.

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