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26 de setembro de 2008

Em busca de quê?

Por Carolina Fellet


Dentre as químicas permitidas,
Descobri o antialérgico.
Para aquietar minhas convulsões marítimas.


Nesse dia, não o tinha tomado.
Dentro de mim: pá virada.


Sob os olhos envidraçados da lotação,
Às onze da noite,
Vi um cara de meia-idade tragando um Carlton,
No quinto andar do prédio onde mora.

Imediatamente,
Fiz a estatística entre nossos desesperos.

E:
O meu, eu controlo com o efeito do livro do Osho,
E através de uma série ininterrupta de respiração premeditada.
E ele, coitado, é devoto do inanimado.
Naquele cilindro fumegante, ele deposita a fé, o orçamento, o passatempo, a angústia.


Enquanto eu ensaio a essência a acreditar nos meus hábitos,
Ele terceiriza a paz a cada tragada.

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