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29 de dezembro de 2010

A alguém especial

A partir das habilidades com que meus pés roçam a vida,

Reconheço texturas, temperaturas, prazer e dor.

Sou cheia de ciência para recepcionar o Mundo,

Embora Ele nunca se revele inteiro a mim.

Já fui toda fruta – bendita descoberta da maçã.

Já fui toda tristeza,

No momento em que o tempo viu-se incumbido

[de instituir em mim a química da decepção.

Já fui enganada por finas lâminas de gelo,

Mas já visitei outra dimensão – sem avião nem nada –

Apenas me submetendo a radiações de inteligência alheia.

Deus às vezes se excede através de trovões letais.

E também se supera (ou supura) por meio de uma sinapse caprichada

Cujo produto chega inteirinho para mim.

Pronto para o consumo imediato.

3 comentários:

GCGoulart disse...

ah, muito obrigado.

:P

Carolina Fellet disse...

Pretensioso você, hein, Gustavo?! Mas, se a carapuça lhe serviu, está valendo!!!

Anônimo disse...

lindo!!!