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28 de setembro de 2005

O mesmo pronome

Ele pode ser um novo verbo à minha vida. Uma promessa que atiça certas raridades. Uma experiência que se assemelha a blusas idênticas sobrepostas. Ele é um dia de sol tímido, de chuva rala, de ventos gozando com pudor, sem derrubar vasos de jardim.
Ele é este milagre da existência, mas sem sabê-lo. Ele preocupa-se com a estética e em ser sociável. Mas é a eloqüência de um troglodita. Carrega uma volúpia que jura dela ser isento. Ele é um travesti... Afinal, fala o contrário das palavras originais que lhe vêm à mente.
Ele é a repetição da Natureza. Mas usa da bengala (que nos torna deuses) como instrumento de erosão às flores do inconsciente. Quero um incumbido da Natureza mais dedicado à linfa, mais espectador-ator dos versos que se delineiam espontaneamente à consciência.
Queria um amor - ponte à área de difícil penetrabilidade às ondas do cerne. Um amor que me conduzisse a um crime qualquer. E o fizesse involuntariamente. Queria o sabor mais agudo das manifestações da Natureza. Porque, quando isso se faz é a hora de desvirginar-se de vez. E obter o orgasmo de cada engrenagem viva que se compromete com a Vida.

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