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30 de setembro de 2005

Ao garoto que é meu avesso

Hoje não estou exata à consciência. Não sei por que delinearam formas aos sentimentos, afinal o curioso da abstração é a abstração. O tempo me consome com misturas indecifráveis, com forças órfãs como a minha existência.
Amei com o sublinhado da libido meramente. E isto culmina em escassez de vida; em erosão, em solidão, em sabotagem à própria alma. Mas, com isso, saciei certas tendências inerentes à vida. Refleti inúmeros fluxos de vida. Avistei outras vidas até então latentes em mim.
Não quero podar jardins alheios. Quero sexo com meus jardins intrínsecos. Quero transcender o tempo como caracol. Redundantemente voltada a mim, à minha descoberta. E depois sairei com pé-sim e pé-não ao mundo.
Só serei o outro quando eu me for.
Decidi.

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