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28 de novembro de 2007



O metabolismo do Cosmo


Pneu.
Indumentária.
Até uma arcada dentária,
Para um odontolegista avaliar.

As irmãs voltavam do Rio a Juiz de Fora –
Na Zona da Mata Mineira.
Uma, absorta diante da seqüência de músicas de uma FM;
A outra, perscrutando o que a ladeava...
Desde os cacoetes dos outros passageiros do ônibus,
A mil hipóteses aos destinos deles,
A tudo que habitava as águas da saída da cidade maravilhosa.

Tudo está encarnado.
E em movimento de decomposição.
De quem acaba de nascer, ainda que cresça,
E que tenha idades bem sucedidas,
É tirada uma lasquinha todo dia.

O orgânico esvaiu-se a meu sentido,
Mas as vestes se delongam perante o processo do fim.
A traiçoeira forma viva sucumbe,
E as nossas alquimias duvidosas
E as nossas empreitadas entregues ao provável nos superam.

Os sentimentos, ah! os sentimentos.
Cismam cada um ter o seu,
Sob as modas que lhes convêm.
Mas as expressões são uníssonas,
O Homem são cachos idênticos por dentro.

Atenção, passageiros,
Estamos a cinco minutos da rodoviária de Juiz de
Fora.

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