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6 de dezembro de 2007

Justiça Divina


Estupefata.
A mulher, que sempre pensou extravagâncias e ousou filosofar com a própria autoria, está estupefata. As pessoas insistem em enraizar-se. E isso lhe traz neuroses.
A vida é desembasada. É órfã. O sentido supremo é a Ignorância e, no entanto, o esquema é Rei.
Buáááááááááááá.
Babá.
Creche.
Pré.
A, e, i, o, u.
2+2.
O Brasil é um país com dimensões continentais.
My boyfriend is handsome.
Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Ana C.
Vestibular. O que você vai ser?
Antes não se era. De que lhe valiam as moléculas? E a metafísica? Seu dente banguelo? O espectro do beijo? A espontaneidade do pênis? A cópula? O prenúncio do clímax?
Ele é engenheiro de produção.
Poética a profissão. Porque contribui para a gênese do Mundo. Das coisas inanimadas. Determina o diâmetro do frasco em que a pasta de dente se asila...
É-se um ínterim de engenheiro de produção.
Depois se cansa. E acaba por se separar da mulher. Arruma alguns casinhos extra-conjugais. As olheiras aumentam e as manias, em mesma proporção.
Nunca foi. Nunca viveu. Enclausurou-se. Asfixiou-se. Agora agoniza... agoniza anos, à espera da Justiça Divina, de que se é integralmente cego.

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