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2 de janeiro de 2008

Réveillon


Réveillon


Cidade?
Rio de Janeiro!
Atrasaram-se na ceia, vieram convidados extras.
As crianças estavam cansadas à beça, afinal, dormiram sob o calor e a insônia da cidade maravilhosa e acordaram diante dos chamamentos à moda de quartel para irem para a praia.
O tino dos adultos funcionava à base de destilados.
Eunice estava sentindo muita câimbra no corpo. Talvez fosse cardíaca. No entanto, como se não lhe pertencesse o apego imensurável pela existência, prognosticava
: deve ser uma bobagem e se aliviava pensando em todos aqueles camaradas que resistem a tantas overdoses, a tantos excessos.
Tentou estar feliz... Quantas tentativas vãs. Mentalizou bocas promissoras, lascívias promissoras, carnavais de sentidos e transgressões. Cogitou
quanta vanguardaa morte e os olhos se inundaram, mas se contiveram e não cederam às lágrimas.
Observou com filosofia o sentido subliminar dos fogos
.
O repouso é uma alquimia do Cosmo. Depois da vida de carne há uma outra quimera. E ritmou a idéia. Deu-lhe fiéis. Bebeu um pouco do pensamento. Respirou fundo. Acordou. Ilesa. Viva. Agora, sob outra materialização.
O repouso é uma alquimia do Cosmo.

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