Total de visualizações de página

15 de junho de 2010

Copa do Mundo: sentimento universal

por carolina fellet

Quem gosta da profissão é assim: canaliza o suco das experiências ao próprio ofício. É praxe um empresário vislumbrar lucro em tudo; um professor de português corrigir – ainda que mentalmente – os erros ortográficos das placas de trânsito.
Com um pretenso-escritor não é diferente. Tudo lhe serve de matéria-prima para um texto promissor. Conversa fiada, situação embaraçosa, primeiro encontro, corrupção, o grotesco e, obviamente, o auê trazido pela Copa.
Sob um efeito manada, ignorante do porquê, embora volúvel como a água, fico superempolgada com a seleção brasileira nessa época. Empreendo minha adrenalina, minha expectativa e concentro todos os meus instintos e ímpetos no molejo da bola.
Depois que a partida termina fico pensando: por que é que a vibração com o futebol permanece dentro de mim como uma habilidade nata, ainda que não o seja?

Um comentário:

Carlos Goettenauer disse...

Vejo que você se desincumbiu da tarefa de escrever sobre a Copa! Com louvor, com sempre.

Copa é assim, matéria prima para muita escrita.