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1 de junho de 2010

Família... Ah! Família

por carolina fellet

O ideal seria a permanência em alguns graus da infância. Nesta fase, como quase tudo é novidade, as vistas e percepções em geral não são afiadas para qualificar as situações e experiências. Não se tem a delimitação correta que discerne o bem do mal.
À medida que a consciência perante a vida vai se apurando, os problemas começam a surgir. E a reação a eles, inevitavelmente, vai sendo sintetizada dentro da psique. Nada passa ileso pelo processamento da razão. Nada.
A família de Cristiane vivia pacificamente. Mais pelo silêncio que imperava entre eles do que pelo grau de civilidade que lhes era próprio. A partir de um dia a princípio comum, sob uma luminosidade metafísica, em um dos irmãos de Cristiane, surgiu uma rixa com o pai.
Esta dissonância implicou muitas modificações na ambiência familiar. Nada passa ileso pelo processamento da razão. Além de os defeitos do pai virem à praia da lucidez, outras discordiazinhas foram levantadas pelas irmãs de Cristiane para que a guerra se firmasse contra o primogênito.
Toda a aragem remota da infância agora era um fóssil tão cobiçado e necessário.

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