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23 de abril de 2006

Linguagem

Cecília anda absorta. Seus pensamentos não têm como causa uma circunstância qualquer. Seus pensamentos demandam viagens inertes à arqueologia. Cecília reflete acerca dos próprios pensamentos; estes lhe vêm com o motor das palavras. Cecília imagina o ato do pensar segregado das palavras. Quanta estranheza. “Pensar” poderia ser compreendido pelo som? Mas até o som sucumbe: culmina num pensamento codificado por palavras.
Cecília organiza suas tendências de arqueólogo. Delineia a condição do homem apartada da linguagem. Surge-lhe um desespero artificial. Que clausura mórbida seria ficar sob a inexpressão... Sentimentos emaranhados de todas as estirpes de estranheza e a consciência disso seria vida próspera da Perturbação.
Ela imagina o Tempo em que a linguagem era um território inimaginável. Como eram compreendidas as pretensões? Mudez do mutirão de vidas humanas. O homem elaborou uma vida coadjuvante à Vida. Por isso, diagnostica-se o Amor. Ainda que não se lhe saiba a origem.

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