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17 de julho de 2008

Felicidade química

Por Carolina Fellet

O homem viola, logo cedo, uma ampola cujo conteúdo me é desconhecido.
Contemporiza o líquido em uma seringa,
Este entra, então, no fluxo de veias e correntes sangüíneas.


E a coisa se esparrama pela entranha dele.

E ele sorri alegremente,
O dia todo.


Assovia no ônibus,
Socializa com as funcionárias da padaria,
Faz festa de milho para os pombos,
Dá gorjeta pro soropositivo.


No outro dia,
Sob a rejeição da naturalidade,
Ingere humor farmacêutico,
A fim de suportar o dia.

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