Por Carolina Fellet
Não sei que cara uso para entrar na fila.
Para a chegada,
Para a saída.
Que cara eu uso para pedir um emprego.
Não posso fazer a cara das minhas idiossincrasias.
Isto repeliria toda a gente,
Toda a candura,
Todo o efeito plástico perfeito.
Vou olhar para um único ponto,
Para o inanimado,
Rodar em sentido anti-horário,
E me desfazer do ego,
Para fazer a cara ideal.
E depois, quando eu estiver em casa,
Haja ressaca de carnaval.
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