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6 de julho de 2008

Pequeno veredicto do amor


por Carolina Fellet

É final de semana. Flaviano e Angélica decidem sair como forma de respeitar as burocracias comuns aos namoros.
Acovardar-se, em vez de contemporizar às máximas do romantismo, por vezes, parece impelir Angélica a fazê-lo. Afinal, produzir-se, perfumar-se e arrumar enredos demandam muita concentração. E, a uma mente perturbada perante a incumbência de existir diariamente, isso é uma dissonância estridente.
Saem.
Beijam-se.
Balbuciam umas inverdades um ao outro.
O ciúme vem à tona mutuamente.
Discutem.
Perdoam-se.
E o aborrecimento reverbera pela psique de Angélica por alguns e intensos momentos, e ela aborta a possibilidade de amar quando completa vinte e oito anos.

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