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24 de julho de 2005

Acústica

Força das entranhas
É o som.
Balde pesado que sai do fundo do poço
Esforços tênues
Desgaste íntimo.

Quanto véu sobre o nosso som
Não estou mesmo sozinha
A Natureza é infindavelmente viva
Em mim.
Neste mundo que me é.

Meu som.
Tambor de veias, esqueletos
Minha voz... única
Os bastidores do som
Da voz.

Minha interseção com pássaros
O que inspira a invenção de um piano:
Deus personificado.

Deus sou eu com este mundo
Em dinâmica íntima.

E tudo do homem
São deuses personificados.

Queria entender o esforço
Que permite meu verbo
E os ouvidos, ouvem sem preço.

A voz demanda labor.
E o som é um átomo de deus.

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