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4 de julho de 2005

Às claras

Ser, de fato, é tudo que se vive por aí
A onça não é dinâmica a se admirar.
A onça é a vida do seu pêlo,
A onça é a porção de bravura
A onça é o berçário,
A maturidade,
O poder bandido de seus dentes.

O sapo são verde e marrom
São o movimento sempre presente
São a elasticidade
São olhos atentos.
O sapo é um incumbido de amostras.
O sapo é a vaidade de um experimentador.

As pétalas reprimidas são a margarida
As pétalas respeitando o círculo
Ego de alguma professorinha mal amada
Que manda em nome da estética da ordem.

Minha voz é uma fatia dos sons disponíveis
Meu pensamento é o moinho que me foi cedido
Desde que vim a este Estranho
Meus cabelos são as infindáveis safras de ninhos
Meus olhos são o observatório do mundo
Do mundo em sua escala original.
Estranho!
Arranha-céus gigantes e olhos tão pequenos
E estes vêem aqueles em tamanho real
Meu ar: Uma discórdia involuntária
Precisa-se viver.

E quando se precisa de vida
Há sempre o que se respirar
Viver é o inesgotável;
É o tudo de que não se sabe.

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