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4 de julho de 2005
Grande balaio
À espera do meu ônibus. Fluxos das filiais de todos os lugares indo e vindo e quebrando no meio do caminho. O Brasil ali, esperando um conserto rápido. O Brasil querendo chegar em casa. O Brasil cansado do trabalho redundante. O Brasil em trapos. E eu distante. Equivalho a toda a quilometragem diária da linha 526. E isso em átomos de segundo. Vi uma jovenzinha a ostentar sua linda barriga. Acho que ela está na idade do excesso de libido, da demanda de auto-afirmação. Um velho atônito neste mundo de novas gentes, de sínteses simultâneas de gentes. Ele é um mártir que não sucumbe ao tempo. Com certeza, já viu a arquitetura se mudar. Já foi à última hospedagem na Terra de um grande amigo. Já tem deficiências orgânicas. Tem que se salvar um pouco todos os dias. Quanto do mundo já se perdeu e ele, o velho, o sr., o que um dia já me foi também, continua concluindo seu tempo. Quando meu tempo for o dele ele terá se tornado um buquê de nem sei o quê.
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3 comentários:
andar de busão até que é legal... mas que bom que sabe onde é o ponto certo; Brasil, e não Brazil...
suas colocações são gata. Posso aplicar muitos trechos desses no meu dia-a-dia... hehe...
Estarei sempre por vir aqui te encher o saco...
ah gata, arruma o horário do seu blog... acho que não está certo...
æææææ graças a vc e o tal jornal o danilo esta de volta..
te amu por isso minina =D
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