Total de visualizações de página

27 de novembro de 2006

Genialidade. Genitálias

Não temo perdê-lo. As minhas posses são inconsistentes.
Sou distante deste próprio corpo,
Das coisas que meu mundinho foi abocanhando.
Sempre me sinto pingente de mim mesma...
Sou o mundo esfumaçado.

Não temo perdê-lo.
De fato.
As águas se esgotam perante as movimentações da intimidade;
Intimidade que sonega as carências de meus sentimentos.

Maldita intimidade.
Maldito bicho esperto esse homem;
Estica-se em uma vitrine qualquer e sobrevive das ovações alheias.
Sobrevive da reputação.
Reputações são uma plêiade de enormes equívocos.

Quero, quando estiver encharcada de melancolias, conviver com trivialidades.
Nada de túneis entre mim e o outro.
Nada de pistas duplas e penetrações frígidas.
Dividir minha mesquinhez é estender o sofrimento, que se locomove feito o vôo de baratas aptas a fazê-lo, às pessoas.

Não há o que mereça a repercussão das aspas.
Vamos viver o comum.
Aceitar o comum,
Até que o segundo encontro fatal nos venha,
Meu Amor sem nome, sem status, sem orgânico.

Nenhum comentário: