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16 de julho de 2007

Bênção Metafísica
Há muito, neste tempo extenso, mas numa encarnação diminuta, já cogitava minha afinidade pelo inanimado, já que este contemporiza àquilo que a gente lhe atribui. Amor mútuo, fidelidade, monogamia.
Cismo ser algumas mímicas das culturas que são enobrecidas como atributos divinos: você deve relacionar-se, beijar, encher-se de sensações voluptuosas, etc. Sofrer uma melancolia dúbia? Para quê? Prefiro a melancolia solitária da nascença.
A moda vitalícia que me fica à espreita é a nostalgia; e pouco me adianta uma doutrina, cuja pretensão-mor é a do resgate e a do conforto. Fulgura a depressão.
As mãos clandestinas do Cosmo, por mais que me ponham diante de espetaculares e desenvoltas manifestações do civilizado, ou então perante a ratificação das divindades, desembocam no raquitismo das minhas possibilidades enquanto gente.
A vida é uma penitência que, por vezes, surge altruísta com uma nesga de claridade. Minutos de bênção...

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