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12 de julho de 2007

Pequeno ensaio desembasado sobre o Amor
O amor é transgressor; não há leis que o regem e, portanto, as psiques do diálogo amoroso ficam dando destinos – labirintos ao sentimento discursado por Camões e cantado por artistas que se prezam. Novelo entre tino e inconsciência, desatino consciente.
Ama, quem é hospedeiro de uma depressão perene, embora, num privilégio casual, contemporiza a momentozinhos banais, arriscados de felicidades. Ama, quem rompe os pudores e os semáforos comportamentais, e permite-se desvirginar; ama, quem vive de extremos, mas no momento do amor pende a somente um lado.
O amor é a covardia de querer abdicar-se de tudo; é o zelo de ser exímio por vaidade; é uma identidade que se preocupa duplamente. O amor abrange a caverna intrínseca de cada um e lhe mostra um acervo vastíssimo de naturezas inerentes à condição humana. O amor é a penitência mais sofrida da humanidade.

Um comentário:

Anônimo disse...
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