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20 de julho de 2007

O prazo da unicidade

Abundância da unidade humana.
Daqui a uns tempos, devoto do pacote-praticidade, o Cosmo irá sintetizar o homem aos cachos. Vantagem aos passionais, que recorrem a amigos postiçamente piegas para ir à padaria.
Muita gente; muita gente mesmo. Filas que esperam por profissionais de saúde, por extravasadas na porta das discotecas, filas de banco, de ônibus, etc. Coincidência: todos à mercê do anonimato. Alguns, resignados por nascença, não se incomodam com a condição; outros, todavia, querem a notoriedade, esta “-cida” de todas as carências. Crença.
Há uma cantorinha cheia de atitudes postiças que entrou pro cenário do roque nacional há pouco. Fico atônita, com os sentidos desalinhados, nas vezes em que ela se pronuncia nas mídias e faz questão de enobrecer as maiores banalidades; será que ela quer criar um selo de ouro a todas as obviedades mais maltrapilhas que existem? Será que ela quer outorgar importância ao desimportante? Será que ela foi acometida pela síndrome da onipotência?
Todos queremos tomar frente de vanguardas, todos queremos poder patentear qualquer mísera coisa. Talvez isso seja o estopim de um sentimento inaugurado pela vigília mecanizada pelos meios de comunicação. Num diálogo entre duas pessoas, elas trocam as impressões através de uma oratória impecável, como se estivessem sendo perscrutadas por uma quantidade imensurável de pessoas, ainda individuais.

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