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30 de janeiro de 2007

Face a face

Escolha, após observar bem seus arredores, uma forma de exercer o Amor com você mesmo. É. Amor de vulva, amor de amiguinho das extravasadas, amor às coisas é unilateral. U-ni-la-te-ral.
Vá ao banheiro; estou radical. Vá a qualquer lugar onde haja um espelho. Lave seu rosto, penteie seu cabelo, tire a blusa, a calça, as roupas íntimas. Fique descalço. Olhe-se. Perscrute-se. Veja-se de frente, de lado, de costas. Brinque com seu corpo... Que seja com objetivos de lascívias.
A rejeição a alguma coisa, inconscientemente, aparecerá. Encarará você como alguém que lhe está aquém e, justamente por isso, inocula seus venenos porque se sente em território perigoso. Amontoe seus instintos mais nobres; sei que a sua bondade compõe as imediações da vaidade, mas esse tipo de luxo não faz mal nenhum.
Inspire somente, neste instante, as suas qualidades. Exponha, ao próprio museu, as frustrações e as deixe nuas. Ainda que trêmulo, pare à frente de cada uma delas e, com auxílio de uma manobra divina - que virá, certeiramente - estenda-se ao gozo, ao gozo de ser parcialmente livre.

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