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8 de maio de 2005

Estranheza

Tanto pudor diante do desconhecido e ousadas florestas ainda por se fazerem. Vêm sem consultas, sem licenças. Natureza. Que estranha e magnífica! Tudo me vem assim, assaltos incessantes como galhos de árvores que não sucumbem às máximas do tempo. Tempo... labirinto de sensação. Chuvas e intempéries que nos chegam como a manada que passa, com toda força que a máxima força que já se viveu pode ter. A máxima força é sempre esta do atual instante. Não sei por quê. Vida: Estranheza pura e mistura de segundos planos, ilusões de ótica. Começo: Flor do eco de outros instantes, itinerário sendo moldado de acordo com a pretensão do acaso e fim. Final da dinâmica, dos pagamentos rápidos, das vozes, dos beijos, das mais paradoxais sensações, das lágrimas que vivem latentes neste pote gigante. Final de todos os tempos que se incumbiram de nos transportar aos momentos, de nos moldar, de nos mostrar a verdade- às vezes cactus e às vezes rosa macia. Todo dia há fins, há conclusões, há pontos finais. E todo dia se começa, sente-se um desvirginar da atmosfera nova. Haja tamanho para tantos ares, tantos verdes, tantos sons. Haja sabedoria para não entender nada.

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