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8 de maio de 2005

Invisível

Toda história sem semblante
Toda eloqüência muda deste íntimo
Tudo que me vem e que vai a tempo
De a razão dar as conclusões finais
São o findar dos oceanos,
São o preparo das rosas,
são o arremate das vozes dos pássaros.

Toda minha acústica
Toda minha miopia
São a simetria dos troncos e galhos.
Tudo isto sai das fontes utópicas.

Quantos desvirginaram uma fração de ar
No instante de juventude de uma árvore?
Quantos saíram de túneis ao encontro de um grande buraco?
Quantos foram incumbidos de ser a partir de hoje?
Quem tentou em vão a última balbuciada?
Hoje quantas rosas brotaram?
Por que há tanta sintonia na Natureza?
Por que o sol curte braços de fora?

Eu poderia estar em outra moda?
Este feixe incumbido de ser e de pensar
Poderia habitar outro transeunte?
Poderia estar em outro tempo?

Por que se cresce?
Como é o processo?
Quais as incumbências dos que não têm aparência?
De onde sai o sabor que é latente em mim?
E que vem junto à morte das coisas?

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