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1 de maio de 2005

Mamãe e Papai

Maçãs entregues à dissimulada personalidade do Tempo. Ávidas por aconchego. Toda carência demanda conforto. E a terra é a mãe das maçãs órfãs. Na hora da crise, na hora da queda é a terra quem as consola. Toda crise de existência das frutas é acolhida pelo tão generoso solo. Aquelas se derretem de desespero e o chão se abre a elas. Assim são mamãe e papai em minha tão estranha vidinha. Sigo a tentativa de me contemporizar ao mundo. De me contorcer de acordo com a posição das arcadas. Tento erradicar naturezas equivocadas em caras manjadas. Adoraria manobrar as circunstâncias como a Terra nos manobra nesse "dia-noite" incessante. Haja músculo à Terra. Haja fexibilidade em meus mitinhos que entendem meu despertar azul e no outro dia total indiferença a um dia ter sido aquarela.

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