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2 de setembro de 2006

Solstícios

Não posso me pensar.
Porque, como os sentidos,
Como o latido,
Como a brisa que vai indo
À população ribeirinha,
É tudo veredicto de ordens clandestinas.

As águas ficam estagnadas
Na remessa de quinquilharias que vêm chegando
Para sabatinar este invisível
Que corrói, devagarzinho,
O corpo inorgânico, que fez usucapião na overdose de organismo.

Sou o que não se sabe.
Sou a cobiça das tecnologias de ponta.
Sou o faro que falha.
E, ainda assim, persiste.

Surge-me, com requinte de ouros, épocas em que o desprezível era general.
Surge-me, em conservas eficazes, a aragem da infância.
Estranhamente,
Épocas de altas melancolias.

Não há um porquê.
A lanterna cismou enveredar a esta miscelânea
De Eras sobrepondo-se à mais atual conjuntura.

Fica assim...
O barco à mercê das águas a serem vencidas.
O céu me obriga a simuladores de morte.

Boa noite.

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