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25 de maio de 2007

Sono eterno ou Eterno retorno?

Uma vez, Silvinha atinou à morte. Não como essa forma genérica com que as pessoas abordam-na: seja feliz, amiguinho. A única certeza é a morte. Quem diz isto, geralmente, crê na morte utópica, cujo alcance atinge, no máximo, um conterrâneo. A morte lhes parece uma onda do mar que quebra antes de os pés se molharem.
O que eu quero abordar neste espaço, que antes era um nada e agora já representa uma gosma jorrada por um sentido qualquer, trata dos dogmas (presunçosos à beça) acerca da morte. Eu me agrupo àquele da Igreja Católica, que faz campanha ao sono eterno. Sabe por quê? Porque, imagine, a vida é uma penitência sem opção: se você nasceu, agora viva! Que imperativo. Que ditadura!
O Espiritismo me desconforta. Ele propaga a vida eterna e o eterno retorno. Nesta vida, estou legal. Estou serena. Ladeada por pessoas respeitosas e dignas. Imagine, eu nascendo em um antro de gente estúpida. Não teria sustância a isso. De verdade.
Além de tudo, adoro tirar uns cochilos diante dos tempos ociosos. A idéia do sono eterno, portanto, em muito me agrada.

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