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16 de junho de 2007

Juiz de Fora, 16 de junho de 2007

Gazeta Experimental
Acústico do Lobão no Cine-Theatro Central
Dez e cinco da noite. Transgredindo o clichê das aberturas megalômanas e tradicionais de shows, surge ao palco – low profile, clássico e por que não bonito – João Luis Woerdenbag Filho – o Lobão.
A música que abriu o show já alertou o público do comportamento do músico: ele tem uma necessidade – provavelmente nata – de gritar. A letra da canção se embaçou em meio à voz de Lobão e às performances musicais que inquietaram o chão do Cine-Theatro Central.
Pausa para um breve cumprimento ao público. Depois, uma seqüência ininterrupta de músicas. No repertório escolhido, sobressai a dicção dos arranjos e dos acordes e isso acaba por comprometer o talento poético do músico. Talento esse que está bem nítido em “A terrores noturnos minha alma se leva/ É um insight soturno, é o futuro passando”.
Havia umas trezentas pessoas no teatro. Apesar do público pequeno, a adrenalina entre os artistas e a platéia atingiu uma dimensão típica das apresentações superlotadas: a certo momento do show, todos os espectadores ficaram de pé e dançaram conforme a melodia frenética de Lobão.
Os ecos que acompanham todos que estiveram lá na última sexta, 15 de junho, entoam a doçura, a sabedoria, o talento e a eletricidade inerentes à fera do roque.

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