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3 de junho de 2007

O Ciúme

ESTE É DEDICADO ÀS MULHERES
Você está bolando uma programação maravilhosa para extravasar com seu afim no sábado. Neste dia, perante um distúrbio qualquer da Metafísica, você acorda depressiva, frustrada com não se sabe o quê, extremamente introspectiva, enfim.
Passadas algumas horas da sua luz, você coloca suas mazelas dentro de um diagrama e cogita: eu descarto esse conjunto de intempéries, se fulaninho sair comigo e a gente eleger muita luxúria à nossa noite. (Observação: isso tudo é um discurso oriundo do Inconsciente, uma carta posta sobre a mesa da nossa percepção).
Daí, você envia a ele a proposta da saída - via mensagem de celular. Frações e mais frações de hora. De repente, o celular - sob um ataque epilético - anuncia a resposta do convite. Sem muitas delongas, ele afirma estar cansadíssimo.
Instantaneamente, surge o ciúme na sua entranha feminina. A sensação é a de derrota diante de uma disputa, em que sequer se avalia a natureza do (pseudo)ganhador. Este pode ser imaterial; pode representar uma mísera transgressão à rotina. Não existe publicidade alguma que convença o ciumento do equívoco de que, na maioria das vezes, ele se sustenta.
A mente tem uma tendência a se nutrir de ficção, por vezes. A sabedoria que se pode tirar disso é se satisfazer com as mentirinhas que vigoram nossa individualidade. O problema é que somos muito pouco sábios. Acabamos sucumbindo à solidão. Ao cadáver que se mantém ereto.

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