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23 de junho de 2007

Ph ácido

Em relâmpagos de tempos, a vida explicita performances de frigidez. Pois não se excita diante das informações trazidas pelos sentidos, pelos instintos, pelos sentimentos; diante de qualquer que seja a novidade ou, por que não, diante da velha verdade de trivialidades? As nossas capacidades, e o mérito que a gente traz do BIG BANG ficam todos pousados sobre uma pilha de papéis que nos apontam compromissos.
Compromissos. Deixa eu me apressar. É tão sério. Se a vida burocrática morrer, o que é que fazem com o respectivo cadáver? Existem filosofias à vida das coisas que não as coisas vivas, naturalmente vivas? É tão banalizado o assunto das burocracias, e das necessidades de se combatê-las. Mas a questão é séria. Viva e presente, como a perpetuação desta coisa velha, que me faz sombra e conteúdo e realidade: VIDA.
Tudo de que se fala é vivo. Mesmo a morte. São as novas consciências que a tornam triste e lhe garantem atributos. Mas a lâmpada agora diagrama o quesito bu-ro-cra-ci-a. Qualquer pretensão demanda um ato burocrático. Casa. Cem gramas de peito de peru defumado. Água taxada (gratuidade divina taxada? RISADA). Pães de sal para a fome das quatro da tarde, etc.
A culpa é da mutação do primitivo para o civilizado. A cultura a que fomos adequados, sisudamente, se comporta como divindade e altera nossas águas. Ph ácido.

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