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10 de outubro de 2006

Alaska

Dá para parar com essa barulhada? Meus nervos não agüentam essa dissonância dos gelos praticando masoquismos de se chocarem de encontro às paredes do copo. Gelo brindando o sadismo dos sentidos da Terra que persiste. Por que a Terra insiste nisto aqui que me torna inquieta? Infeliz, deprimida, sofrida à beça. A ingenuidade dos gelos me irrita. Incumbo-os do meu tédio de ares e ares. Deveria me esquivar dos sentidos humanos. Eremita seria uma boa saída. Mas, certamente, o desespero materializar-se-ia como um chafariz às avessas. De mim mesma, brotariam químicas perturbadoras. Turbilhões e turbilhões de momentos póstumos do efeito da cocaína. Tanque de experimentações. O inanimado torna-se volúpia diante da maestria humana. Tudo pode culminar no orgasmo dos meus sentidos em incansável vigília de Mundo. O inanimado torna-se depressão às criaturas. O inanimado comprime e comprime o processamento da Vida. Intercepto os outros planetas. As habitações me assustam. As mazelas mais graves estão soltas, embora enraizadas em corpos de condições de gente. Focam os primitivismos de essência em casinhos irrelevantes. Os mesmos bichos têm uma intolerância mútua.
A clausura me faz carícias sexuais. A esteira hipotética de luxúrias precisa permanecer pingente nas fantasias. As fantasias é que me cegam e a cegueira é que mantém minhas pernas devotas da gravidade. Abstive-me das bengalas fajutas. Quero uma mata arriscada. O cume da adrenalina malvada.
Ainda bem que as portas são pálpebras que se beijam. Ainda bem que nossos elos outorgados privam-se de entrosamentos estreitados. Fase de misantropia integral. Fragrância que rejeita fragrância.
Vá fazer barulhos com os gelos do Alaska.

Um comentário:

Anônimo disse...

seu blog ainda existe!

=]