Total de visualizações de página

6 de outubro de 2006

Soldado

A razão ultra-tecnológica é que me transfere ao primitivismo da prostração. As amebas são felizes. Sim, as amebas são felizes. Simplesmente por não se saberem.
Ser informado do que me rege mutila meu patrimônio de poderes. A informação desce-me secamente pela goela. A ciência de se auto-saber é vã. A ciência de ser é uma casta da Índia.
Queria me emperiquitar com a soberba dos que mandam e desmandam neste mundo burocrata. Faça uma limpeza nos vidros desta dependência; limpe o quarto dos fundos; arrume tudo que estiver em lugar indevido.
As arcadas da prepotência tentam vender-se a mim. Prostituem-se. Inibo a visão e, duramente, entroso-me novamente com as máximas da minha doçura.
O Mundo é um grande dedo elétrico que se aponta a nós. Meus sentidos resultam em farrapos. Sou mendiga da serenidade. Faço emendas à constituição que me induz a isto, àquilo.
A doçura arcaica de tempos da candura original resiste. Como um soldado esteticamente imparcial.

Nenhum comentário: