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4 de outubro de 2006

Nova empreitada no Amor

O Amor.
(clínico geral) - Isso é coisa da sua cabeça. Você precisa colocar os pés no chão.
O Amor.

(irmão mais velho) – Você é muito infantil. Eu já passei por essa fase. A realidade não é assim.
(irmã mais velha) – Cristiane, abra-se comigo. O que você tiver a me dizer será respeitado.
O Amor talvez seja um empecilho que a assola. Aos vinte e cinco, ainda não encontrara um quem que condissesse com a melancólica necessidade de inflar-se com uma alquimia inorgânica inimaginável.
O Amor é um monumento a ser observado de longe. A tentativa de transferi-lo ao cômodo da realidade rejeita os processamentos cósmicos de amar. Corpo a corpo é um investimento oriundo da luxúria. Acaba-se apegando ao egoísmo de sentir o outro em eletricidade nela. Dantesco. Animal. Muito animal. Deus. Deus são todas as articulações vitais.
Ai, o Amor.
O Amor que vai de encontro às tecnologias de ponta, que transcendem a distância e o tempo e dessa forma prosperam. O amor se aguça perante um horizonte infinito com perspectivas inconsistentes.
Decalco alegorias e alegorias ao Amor. Quando chego-lhe bem perto: ai, é cadavérico.

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